Sua contribuição certamente fez o dia de uma criança mais azul. Acompanhe os resultados da campanha dia das crianças mais azul
Sábado dia 12 de outubro foi comemorado o dia das crianças, para nossa alegria, neste ano de 2019 resolvemos comemorar de maneira diferente.
No dia 19 de outubro, organizamos a campanha dia das crianças mais azul com uma ação social numa associação que cuida de alguns orfanatos de nossa região. Foi um dia regado a alegria, diversão, brincadeiras e presentes
Mas concluímos que esse dia não foi especial apenas para aquelas crianças, esse dia foi marcado de maneira especial para a equipe da Rodip. Nossos corações foram transbordados de alegria e gratidão por poder registrar um dia especial em meio ao caos vivido por aquelas crianças.
Entrevistamos o CEO da Rodip onde ele abordou sua experiência e hoje quero compartilhar a emocionante história a qual ele viveu com a campanha dia das crianças mais azul:
Um dia diferente:
Neste final de semana, mais precisamente sábado dia 19/10/2019, foi um dos dias mais emocionantes da minha vida, só comparado aos do nascimento do meu filho Levy Martins e minha filha Larissa Martins.
Há algum tempo estamos querendo fazer alguma ação social, mas sempre éramos atropelados pelos afazeres do dia a dia, e sempre acabávamos deixando para depois.
Neste ano foi diferente, conseguimos escolher a casa, escola, abrigo, de nome Dom Bosco, cujo administrador e fundador é o Padre salesiano Rosalvino Moran Vinãyo. Esta casa fica no bairro de Itaquera zona leste de São Paulo, e se dedica a cuidar de crianças e adolescentes, além do apoio a família.
Fizemos contato, fomos conhecer a casa a qual nos encantamos pelo trabalho que é realizado naquele que é um espaço construído e totalmente dedicado ao amor, ao acolhimento, ao ensino, e ao bem estar daqueles que necessitam, e que por ali passam.
Depois de duas reuniões, ficamos acertados que iríamos fazer uma festa referente ao dia das crianças, só que no dia 19/10. Como sendo uma casa católica eles comemoram no dia 12/10, o dia da Padroeira do Brasil com atividades religiosas.
Ficou definido que a festa seria para as crianças das quatro casas de custódia que a obra mantém e que são de responsabilidade do Padre Rosalvino. Essas casas são abrigos para crianças que são retiradas do convívio familiar pela vara da infância; são crianças que sofreram todo tipo de abuso, desde espancamentos, até abuso sexual por seus familiares mais próximos, ou seja, até de seus pais.
Depois de toda preparação e com tudo comprado, como presentes (brinquedos), salgados, docinhos e não poderia faltar vários brinquedos infláveis para as crianças se divertirem.
No dia marcado chegamos bem cedo, começamos a preparar tudo, desde o café da manhã e toda a arrumação na quadra da escola. Logo em seguida começaram a chegar as crianças que vinham dessas casas de custódia.
Estava conversando com uma das orientadoras de uma das casas que foi a primeira a chegar, quando uma menina de 3 anos aproximadamente, chegou perto de mim pelo meu lado e me abraçou a perna esquerda com bastante força para a sua idade.Fiquei totalmente paralisado, e senti sua energia, e, a talvez necessidade dela de estar presente com a figura paterna. O abraço demorou perto de 10 segundos, mas para mim foi como uma eternidade, pois já sabendo o que aquelas crianças passaram foi rodando um filme em minha cabeça. Só sei que vou levar esse abraço espontâneo e tão gostoso para o resto da minha vida. Não bastasse esse carinho que recebi, essa mesma criança muitas vezes vinha até onde eu estava, levantava o seu bracinho e me dava sua mãozinha e me levava para andar pela quadra.
Fiquei encantado, apaixonado, entristecido, e enraivecido, neste dia brotaram em mim sentimentos dos mais diversos, por estar participando de uma festa onde as crianças estavam se divertindo muito. Elas estavam saindo um pouco da sua dura realidade e encontrando um pouco de alegria, carinho, e atenção da nossa equipe naquela festa que estávamos oferecendo a elas.
Eu comecei a imaginar a partir daquele abraço, o sofrimento que cada uma daquelas crianças e ou já adolescentes passaram até serem retiradas do convívio de seus familiares, meus sentimentos de encantamento, e paixão, foram pelas crianças, por sua pureza, e sua grande capacidade de amar e de esquecerem as tristezas da vida, quando recebem um pouco de atenção e de carinho.Já os meus sentimentos de tristeza e raiva, foram por pensar em seres humanos irresponsáveis e brutais que concebem um filho, e em vez de lhes transmitirem amor, carinho, e educação que eles merecem e precisam para se tornarem adultos de bem, só lhes dão maus tratos.
O que eu quero dizer com todo esse relato é que Deus é muito bom para com todos nós, pois com toda certeza não fomos nós que achamos esta casa, foi Ele quem colocou esta obra no nosso caminho.Eu com meus 63 anos de idade, não esperava ter aprendido tanto com essas crianças, elas me deram a maior lição de vida e, em tão pouco tempo que passamos juntos, me ensinaram a maior lição de amor, a maior lição de perdão, a maior lição de união, e a maior lição de esperança.
Campanha dia das crianças mais azul
Antonio Carlos Martins

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